quinta-feira, 14 de abril de 2016

AYRTON SENNA NA LOTUS

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AYRTON SENNA NA LOTUS
Na segunda corrida do ano, o GP de Portugal, disputado no autódromo
de Estoril, em 21 de abril de 1985, conseguiu sua primeira vitória na
Fórmula 1, largando na pole position sob pesada chuva.


Prost, em segundo, abandonou depois de bater no muro.
Senna conseguiu sua segunda vitória, também sob chuva, 
no GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps.
Graças ao excelente motor Renault de treinos, 
Senna passaria a ser o "rei das pole positions".
Mas, nas pistas, ele não terminou a
maioria dos grandes prêmios.
Encerraria o ano com uma corrida marcante no GP da Austrália, 
quando repetiu seu ídolo Gilles Villeneuve e pilotou um bom 
tempo sem o bico do carro, saindo várias vezes da pista
mas mantendo a segunda posição.
O carro mais uma vez não aguentou
o esforço e Senna abandonou a corrida.
Senna terminou a temporada de 1985 em quarto lugar no 
Campeonato Mundial de Pilotos, com 38 pontos e seis pódios 
(duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares),
além de sete pole positions.


Em 1986, Ayrton escolheu o escocês Johnny Dumfries como
parceiro, vetando o inglês Derek Warwick sob a alegação de que a
Lotus não tinha condições de manter carros competitivos para
dois pilotos de ponta ao mesmo tempo.
A nova Lotus 98T mostrou ser mais confiável em 1986 e a
temporada começou bem para Senna, terminando em segundo
a corrida vencida pelo também brasileiro Nelson Piquet, numa
dobradinha caseira, no GP do Brasil em Jacarepaguá.
Reconhecendo estar com um carro inferior aos das Williams e
McLaren, Senna passou a adotar uma estratégia de não parar 
para trocar pneus, buscando ficar na frente dos adversários
o maior tempo possível.
Com essa tática ele passou a liderar o campeonato pela primeira
vez na carreira, depois de vencer o GP da Espanha, em Jerez de 
la Frontera, no qual bateu a Williams de Nigel Mansell por 0,014s
 - uma das menores diferenças de chegada da história da F1.
Mas a liderança do campeonato não foi mantida por muito
tempo já que Senna abandonou diversas outras corridas por
problemas mecânicos.
A caça ao primeiro título mundial acabou sendo uma luta entre
Prost e sua McLaren-TAG e a dupla Piquet e Mansell da
Williams-Honda.
Na Hungria, um circuito ainda mais travado (que não permitia
ultrapassagens), repetiu uma vez mais a estratégia, mas foi
ultrapassado por Nelson Piquet, numa das mais sensacionais
manobras da história da Fórmula 1 moderna.
Ainda nesse ano, Senna se tornaria definitivamente um ídolo
no Brasil ao conquistar sua segunda vitória na temporada no
GP dos Estados Unidos, disputado em Detroit, e terminou o
campeonato novamente na quarta colocação, com 55 pontos,
oito poles e seis pódios.
O ano de 1987 veio com muitas promessas de dias melhores.
A Lotus tinha um novo patrocinador, o Camel, e o mesmo poder dos
motores Honda das Williams depois que a Renault decidira se
retirar do esporte.
Depois de um começo lento, Senna ganhou duas corridas em
seguida: o prestigioso GP de Mônaco (a primeira do recorde
de seis vitórias no principado) e o GP dos Estados Unidos em
Detroit, também pelo segundo ano seguido, e mais uma vez
chegou à liderança do campeonato.
Nesse momento, a Lotus 99T Honda parecia ser mais ou
menos igual aos ótimos Williams-Honda, mais uma vez
pilotados por Piquet e Mansell.
Mas apesar da performance do 99T, que usava a tecnologia da
suspensão ativa, as Williams FW11B de Piquet e Mansell
eram ainda carros a serem batidos.
A diferença entre as duas equipes nunca foi tão evidente quanto no
GP da Inglaterra de 1987, em Silverstone, onde Mansell e
Piquet voaram sobre as Lotus de Senna e seu parceiro, Satoru
Nakajima.
Depois de rodar na pista devido a uma falha na embreagem a três
voltas do final no GP do México, Senna ficou fora da luta pelo
campeonato, deixando Piquet e Mansell brigando por ele
nas últimas duas corridas.
Mansell feriu-se nas costas em um grave acidente durante os
treinos para o GP do Japão de 1987, em Suzuka, deixando o
campeonato nas mãos de Piquet.
Entretanto, isso significava que Senna poderia terminar a
temporada em segundo lugar se ele terminasse a corrida entre os
três primeiros nas duas corridas que faltavam - Japão e Austrália.
Ele terminou as duas em segundo, mas as medições feitas no carro
depois do GP da Austrália constataram que os dutos dos
freios eram mais largos do que o permitido pelo regulamento e
Senna foi desclassificado, dando à Lotus a sua última bem
sucedida temporada.
Ele acabou classificado em terceiro na colocação final, com
57 pontos, uma pole e oito pódios (duas vitórias, quatro
 segundos e dois terceiros).
Essa temporada marcou uma reviravolta na carreira de Senna
depois dele ter construído uma profunda relação com a Honda,
que lhe rendeu grandes dividendos.
Ayrton foi contratado pela McLaren que acertou com
Honda o fornecimento de motores V6 Turbo para 1988.

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